A PEC da Blindagem passou pela Câmara dos Deputados com facilidade e agora vai para o Senado Federal. Se a Proposta de Emenda a Constituição for aprovada nas duas Casas, será praticamente impossível a investigação de parlamentares corruptos.
Essa proposta de impunidade aos ocupantes de cadeiras na Câmara e no Senado pode virar um pesadelo aos políticos, que perderam os seus lugares para criminosos em busca de uma vida tranquila, sem serem incomodados pela polícia e Justiça.
O pessoal do crime organizado fará a festa com a PEC da Blindagem. Traficantes, milicianos, assaltantes e outros bandidos, com grande poder financeiro, serão eleitos nos estados.
A PEC foi aprovada em regime de urgência, na noite de terça-feira (16) e madrugada desta quarta-feira (17).
Confira o que disse alguns parlamentares sobre a aprovação da PEC, com base em informações da Agência Câmara dos Deputados:
Relator da PEC, deputado Claudio Cajado (PP-BA): “São (as imunidades), em verdade, garantias indispensáveis à própria viabilidade institucional do Legislativo, pilar fundamental do Estado Democrático de Direito”. Para ele, as imunidades previstas na Constituição são indispensáveis para congressistas exercerem suas atribuições com independência, sem temer perseguições políticas ou intimações.
Deputado Bohn Gass (PT-RS): “A imunidade parlamentar não pode ser confundida com impunidade parlamentar”.
Túlio Gadêlha (Rede-PE): “Se há reclamações de excesso, podemos ouvir e tentar construir um texto melhor. Mas o que está aqui é um crime contra a democracia”.
Deputado Luiz Carlos Hauly (Pode-PR): “Nunca precisei da proteção da lei, mais que o cidadão tem”.
Deputado Kim Kataguiri (União-SP): “O que está sendo votado é a diferença entre o remédio e o veneno, é a dose”.
Deputada Duda Salabert (PDT-MG): “(A PEC) vai justamente beneficiar o corrupto, beneficiar o ladrão”.