Maioria das autuações foi por problema nas bombas de abastecimento. A operação aconteceu em todo o país na quinta-feira passada.

A Operação Petróleo Real, que foi realizada em todo o país na quinta-feira, autuou oito postos de combustíveis em Teresina por diversas irregularidades, inclusive nas bombas. O resultado da ação coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública foi divulgado hoje (9). Na capital, 22 postos foram fiscalizados.
Com foco no combate à possibilidade de fraudes, a Operação Petróleo Real vistoriou 1.755 estabelecimentos no Brasil, dos quais 641 foram autuados por diferentes problemas. Destes, 305 postos apresentaram irregularidades nas bombas de combustível.
O diretor do Imepi (Instituto de Metrologia do Piauí), Maycon Danilo, disse que durante a fiscalização os fiscais encontraram “divergência entre volume fornecido e total a pagar. Isso acontece quando o abastecimento para, mas na parte do marcador, dos números continua contando.
Segundo a coordenadora geral do Procon Teresina, Nara Cronemberger, a fiscalização verificou “se houve um aumento abusivo nos preços de combustíveis de acordo com o que foi autorizado pelo governo na última terça-feira e se nas lojas de conveniências tinham produtos vencidos, além da qualidade e quantidade de combustíveis, visando uma proteção ao consumidor”.
Operação no Brasil
Sete pessoas foram presas – seis delas em flagrante – durante a ação integrada de órgãos federais e estaduais, como a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), a Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), as polícias Militar (PM) e Civil (PC) dos estados, Guardas Civis Municipais e secretarias de Segurança Pública.
De acordo com o Ministério da Justiça, 2.837 agentes públicos participaram da Operação Petróleo Real, fiscalizando postos em 259 cidades em quase todo o país. Foram lavrados dez boletins de ocorrência e dez termos circunstanciados de ocorrência.
Só em Minas Gerais, dos 81 postos fiscalizados entre a terça-feira (6) e o fim da tarde de ontem (8), seis foram interditados e 24 autuados. Em amostras recolhidas no estado, os fiscais identificaram a presença de metanol na gasolina vendida, bombas “viciadas”, que disponibilizavam menos combustível que a quantidade constante no mostrador e o valor cobrado, além de vazamento nos equipamentos. Segundo o governo estadual, boa parte dos estabelecimentos autuados é reincidente, pois, em fiscalizações passadas, já haviam sido identificadas várias irregularidades.
Em Mato Grosso, servidores do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) identificaram irregularidades em dois dos 37 bicos de bombas inspecionadas – o que, de acordo com o governo mato-grossense, indica que os clientes desses estabelecimentos podiam pagar por combustível que não recebiam. Ainda no estado, o Corpo de Bombeiros também notificou os responsáveis por quatro estabelecimentos onde foram encontrados extintores vencidos, alarmes de incêndio inoperantes, falta de sinalização e de guarda-corpo ou corrimão, entre outras irregularidades. O Procon também instaurou procedimentos para apurar a justificativa para recentes aumentos no preço dos combustíveis.
No Amapá, onde, a exemplo de outros estados, a operação foi deflagrada nesta quinta-feira, o diretor do Procon-AP, Luiz Pingarilho, comentou a importância de uma iniciativa de âmbito nacional, com a integração de vários órgãos. “A participação nesta operação é extremamente importante, tendo em vista o grande número de reclamações que chegam para a gente através das redes sociais sobre o tema.”
Da Redação e Agência Brasil