Segundo o levantamento do instituto, moradores de 468 mil domicílios do Piauí enfrentaram algum grau de insegurança alimentar em 2017-2018.
EDNALDO CÍCERO FREITAS jornalista redacao@edcicero.com.br
Os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018: Análise da Segurança Alimentar no Brasil, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados hoje (17), mostram que mais de 193 mil piauienses não tinham o que comer no período do estudo.
Esse contingente faz parte do grupo que vive com insegurança alimentar grave (quando falta comida até para as crianças por um dia inteiro) e representa 6,1% dos domicílios do Piauí, ou seja, 62 mil lares.
O número de famintos supera a população de Parnaíba, a segunda maior cidade do estado, que tem 153.482 habitantes.
Ao todo, segundo o instituto, moradores de 468 mil residências – 45,9% de 1.018 milhão de moradias no estado – enfrentaram algum grau de insegurança alimentar (leve, moderada ou grave) durante a pesquisa, nos anos de 2017 e 2018.
A estimativa é de que o problema atingiu 1,5 milhão dos 3,2 milhões de piauienses.
A insegurança alimentar leve (quando a qualidade da alimentação é considerada inadequada) afetou 986 mil pessoas em 294 mil lares (28,9%), diz o IBGE.
Já em situação moderada (os adultos são os mais atingidos) havia 380 mil residentes em 112 mil casas (11%).
Com base nos números do levantamento, 550 mil domicílios (54%) foram enquadrados no grupo de segurança alimentar. Nesta realidade confortável vivia cerca de 1,7 milhão de indivíduos.
No Brasil, conforme o IBGE, a fome atingiu 10,3 milhões de brasileiros.