Tenente-coronel do Exército, Mauro Cid faz delação premiada com sérias acusações contra o seu ex-chefe e ex-presidente Jair Bolsonaro.
EDNALDO CÍCERO FREITAS, Editor-chefe
Recentemente, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, anulou todas as provas conseguidas em um processo contra o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na visão dele, a Operação Lava Jato conseguiu as provas de forma ilegal. Ou seja, criminosa.
Nesse caso, a prisão de Lula, nas palavras de Toffoli, foi um erro histórico.
Agora, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, fez deleção premiada com graves acusações contra o seu chefe até 31 de dezembro de 2022.
Segundo as investigações, Mauro Cid teria vendido joias presenteadas ao então presidente da República durante o mandato. Os itens pertenciam ao acervo presidencial e vendê-los é crime. E se o ajudante de ordens fez isso, apenas cumpriu ordens, porque alguém nesse cargo não age por iniciativa própria.
Dizem que o militar contou detalhes sobre o negócio em seu depoimento. E também falou acerca de outras temas, como a tentativa de golpe e os participantes dessa iniciativa.
Por conta da sua colaboração no processo, Mauro Cid já ganhou liberdade provisória e deve cumprir uma série de medidas restritivas.
No meio disso tudo, fica uma pergunta sobre a delação do militar do Exército: desta vez as autoridades estão fazendo tudo dentro da lei?