A mensagem da entidade que reúne os bispos do Brasil pede voto consciente e que a população fiscalize a atuação dos eleitos.
Em mensagem aos políticos e eleitores por conta das eleições municipais de 2020, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) pede o voto consciente, condena as fake news, corrupção eleitoral e recomenda que a população “se organize para acompanhar os mandatos dos eleitos e eleitas”.
A mensagem foi assinada pelo presidente da CNBB, arcebispo de Belo Horizonte (MG), Dom Walmor Oliveira de Azevedo e outros membros da diretoria da entidade.
Confira alguns trechos da mensagem:
Ódio, violência e aborto: “Não pode produzir bons resultados o político que atenta contra a vida, trabalhando por políticas públicas que favoreçam o aborto, fazendo campanha eleitoral com discursos de ódio, defendendo o uso da violência, o recurso às armas e se atrelando ao tráfico de drogas e às milícias”.
Festa da democracia: “Em tempos de crescente desvalorização da política, o povo brasileiro precisa fazer das Eleições 2020 uma verdadeira festa da democracia, de forma que se concretize a política melhor”.
Saúde, educação e habitação: “Os prefeitos e vereadores que serão eleitos têm o dever de contribuir com ações eficazes, nos campos da saúde, educação, segurança, transporte, assistência social, moradia, direito à alimentação e proteção da família, entre outros”.
Corrupção eleitoral: “O abuso do poder econômico corrompe o processo eleitoral. A compra e venda de votos e o uso da máquina administrativa nas campanhas constituem crimes eleitorais que atentam contra a honra do eleitor e a cidadania. Os eleitores são chamados a fiscalizarem os candidatos e, constatando esses atos de corrupção, denunciarem os envolvidos ao Ministério Público e à Justiça Eleitoral”.
Fiscalização: “(Os eleitores) devem, igualmente, acompanhar as reuniões das Câmaras Municipais, onde se votam projetos e leis para os municípios, permanecendo atentos à elaboração e implementação de políticas públicas que atendam especialmente às populações mais vulneráveis como crianças, jovens, idosos, migrantes, indígenas, quilombolas e, particularmente, os pobres”.
Fake News: “Muito preocupa na disputa eleitoral o uso de notícias falsas. Elas contaminam o debate, desviam a atenção dos eleitores de temas importantes e desvirtuam o resultado do pleito. Pessoas comprometidas com a verdade, a ética, a paz e a justiça não podem compartilhar notícias espetaculosas e de fontes desconhecidas, notadamente as que ajudam na difusão da mentira e do ódio”.
Veja o documento na íntegra