A quem interessa aprovar no Congresso Nacional um projeto de lei para anistiar o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados?
Esse é um assunto importante para os parlamentares que apoiam o ex-presidente acusado de planejar um golpe de Estado para se manter no poder, após perder a eleição presidencial de 2022.
Na verdade, nos quatro anos como presidente do país, Bolsonaro ensaiou a possibilidade de golpe, mas não teve capacidade (nem o apoio necessário) para implementar o seu desejo.
Basta relembrar as declarações do ex-presidente durante o mandato. Passou o tempo todo criticando as urnas eletrônicas e falando que o equipamento era inconfiável, que houve fraude na eleição. E ele foi eleito com votação em urna eletrônica, em 2018. E tantas vezes foi eleito deputado federal pelo memos sistema.
Isso só para citar um detalhe entre muitos da sanha golpista do capitão do Exército que virou político.
Agora, depois da condenação de Bolsonaro em mais de 27 anos pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), os correligionários dele voltam a brigar por anistia ao ex-presidente e aos condenados pelo 8 de janeiro (aquele pessoal que fez baderna em Brasília).
A quem interessa essa anistia? Pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada sábado (13), diz que 54% dos brasileiros rejeitam a ideia de aprovar um projeto para livrar o ex-presidente da punição; e 39% são a favor.
Enquanto fazem movimento pró-Bolsonaro na Câmara dos Deputados e no Senado, parlamentares esquecem os reais problemas do país.