Primeiro, perdemos Roberto Dinamite, o maior ídolo do Vasco da Gama. Depois, Brasília, capital do país, sofreu com atos terroristas.
EDNALDO CÍCERO FREITAS jornalista redacao@edcicero.com.br
O 8 de janeiro de 2023 foi um dia triste para o Brasil.
Por dois motivos:
Na manhã de domingo, morreu o ex-jogador Roberto Dinamite, maior ídolo do Vasco Gama e um dos grandes nomes do futebol brasileiro.
Aos 68 anos, não resistiu à luta contra o câncer.
Mas deixa o exemplo de um homem que venceu e perdeu, sempre respeitando as regras do jogo e os adversários. Soube comemorar as vitórias. Nas derrotas, aprendeu a dar a volta por cima.
No período da tarde, a vergonha.
Baderneiros – ou seria mais correto chamá-los de terroristas? – invadiram e depredaram prédios públicos que abrigam o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto, em Brasília.
Tudo isso porque bolsonaristas radicais, sem nenhuma comprovação, alegam fraude na eleição presidencial de 2022. Perderam no voto e querem ganhar na violência.
Fanáticos pelo ex-presidente clamam por intervenção militar, um caminho sem volta para a ditadura.
Vivendo em um mundo irreal, não enxergam que a reeleição de Bolsonaro era improvável, diante do comportamento dele no governo. Não foi uma gestão saudável.
Em nenhum momento comportou-se como um homem digno do cargo para o qual foi eleito. No apagar das luzes do seu mandato, fugiu para os Estados Unidos com medo da prisão.
E o país que o acolheu agora pode expulsá-lo do seu território, pois o reconhece como principal responsável por tudo que vem acontecendo no Brasil.
Políticos norte-americanos rejeitam a presença de Bolsonaro, refugiado na Flórida, porque ele passou a ser um exemplo vergonhoso para o mundo onde reina a democracia.
E o Lula?
Se ele não for um bom presidente, a população tem o direito de mudar a história daqui a quatro anos.
Assim como fez na eleição do ano passado com o capitão reformado do Exército, considerado também um mau militar.
Assim funciona o jogo democrático: quem ganha governa.
Ao contrário de Roberto Dinamite, Jair Bolsonaro não aprendeu a reconhecer derrotas. É aquele jogador que parte para a violência no final do jogo.
No futebol, jogador baderneiro é expulso e cumpre suspensão.
A política deve seguir o exemplo.