O conjunto arquitetônico abrigou um dos mais importantes hospitais psiquiátricos do Piauí, construído na década de 1950, na capital Teresina.

O Ministério do Turismo e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) abriram processo para o tombamento a nível federal do Complexo Meduna, em Teresina, onde funcionou um dos mais importantes hospitais psiquiátricos do Piauí.
A informação foi publicada nesta segunda-feira no site do Ministério Público do Piauí (MP-PI).
A preservação do local teve início com uma ação movida pelo MP-PI, que impediu a demolição do local. O MP-PI conseguiu o tombamento do complexo arquitetônico junto ao Conselho Municipal de Política Cultural de Teresina, neste ano.
O imóvel foi adquirido pelo grupo Sá Cavalcanti, que construiu o Shopping Rio Poty em uma área do terreno, na zona Norte da capital, sem fazer alterações no prédio e na capela existentes no local.
Com a notícia de que o prédio do antigo Meduna seria demolido, o Ministério Público entrou em ação a favor da preservação da edificação, com data dos anos 1050, com traços neoclássicos e neocoloniais.
O hospital pertenceu ao médico Clidenor de Freitas Santos, já falecido.
Confira a nota do MP-PI:
O Ministério Público do Piauí vem acompanhando a situação do Complexo Arquitetônico do Sanatório Meduna. Após assembleia realizada pelo Conselho Municipal de Política Cultural de Teresina, o tombamento do local foi aprovado. Hoje (05), foi aberto o processo de tombamento do Complexo Meduna a nível federal, pelo Ministério do Turismo e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
O trabalho para preservação do local se deu por meio da 24ª Promotoria de Justiça de Teresina, especializada na defesa do meio ambiente e do patrimônio histórico e cultural, que tem como titular a promotora de Justiça Gianny Vieira.
O Meduna ainda mantém sua arquitetura monumental, com traços neoclássicos e neocoloniais, característicos dos anos 1950.