A categoria reivindica pagamento do salário de janeiro e denunciam a demissão de cobradores. O movimento atinge a cidade inteira.
Os motoristas e cobradores de ônibus do transporte público de Teresina entraram em greve hoje (8) por tempo indeterminado. A categoria reivindica pagamento do salário de janeiro e contra a redução salarial, além do tíquete alimentação e plano de saúde. Os rodoviários também denunciam a demissão de 50% dos cobradores.
O movimento atinge todas as linhas de ônibus da capital. Os líderes da paralisação denunciam que estão sendo impedidos de cumprir os 30% da frota em circulação, como determina a lei de greve. Segundo eles, as empresas não estão liberando as ordens de serviço. Com isso, todos os veículos permaneceram estacionados nas garagens.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro), a categoria também reivindica o aumento e renovação da frota. Com a demissão dos cobradores, os motoristas estão executando dupla tarefa: além de dirigir o ônibus, tem que receber o dinheiro da passagem.
Segundo o Sintetro, os empresários de transporte público planejam reduzir em 50% do salário dos motoristas.
A greve iniciada hoje é a sexta paralisação dos rodoviários somente em 2021. Desde janeiro a categoria suspende as atividades para cobrar o pagamento de benefícios, como o tíquete alimentação e o plano de saúde.
Com a pandemia, de acordo com o Sintetro, a frota de Teresina tinha 400 ônibus nas linhas do transporte público. Agora, apenas 220 ônibus circulam pela cidade.
A greve prejudica milhares de usuários, mesmo com a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) tendo cadastrado veículos extras para atender a população.